segunda-feira, abril 30, 2007

Mário Quintana

Se me amas, ama-me baixinho,
não o grites de cima dos telhados,
deixe em paz os passarinhos,
deixe em paz a mim;
se me queres,
tem de ser devagarinho, amada,
que a vida é breve,
e o amor mais breve ainda.


domingo, abril 29, 2007

Olhar

O lugar onde trabalho dá vista para todo o Aterro do Flamengo. É uma paisagem estonteante: Morro da Urca, Praia de Botafogo, MAM, Baía de Guanabara, Niterói (bairrismo até no blog). Cai a noite e o espetáculo se torna ainda mais bonito, num salpicar de cores que dançam no céu, encenando o seu teatro em meio às estrelas que vão surgindo no horizonte.

Foi vendo esta cena que comecei a pensar sobre uma aula que tive na faculdade onde discutíamos o olhar. Estamos tão acostumados com a paisagem do dia-a-dia que perdemos a capacidade de apreciar o que está ao nosso redor. Esquecemos o belo; ignoramos, na verdade, por estarmos imersos num emaranhado de pensamentos e preocupações - na nossa própria mediocridade.

Precisamos reaprender a olhar. Reeducarmos nossa visão para observarmos aquilo que há de melhor, não só em paisagens, mas sim em tudo o que nos cerca. Adimirar. Tirar um minuto do nosso dia corrido para simplesmente apreciar, respirar, suspirar. Para encontrarmos no olhar tudo aquilo que nos faz bem, nos faz mais felizes.

Assim, quem sabe, passaremos a ver o mundo não mais como meros transeuntes, mas como poetas do nosso próprio olhar.

Olhe.

sexta-feira, abril 27, 2007

Lixo no lixo

Devemos descartar da nossa vida tudo aquilo que não vale a pena.

Sabe aquelas fotos antigas que quando você olha dá uma doorr? Descarte. Aquela blusinha que sua avó te deu, super brega, mas que você tem uma peeena de dar? Descarte. Aquele rolo que você sai há meses e nem tchumm pra você? Descarte. Aquela papelada veeeelha acumulada na escrivaninha do seu quarto? Decarte também.

Lixo. É para onde deve ir tudo o que não nos acrescenta mais nada, nem um sorriso de boas recordações. É para onde deve ir a amiga traíra, o ficante canalha, a roupa apertada, o chinelo velho. Anda, joga tudo fora, sem dó nem piedade.

Descarte e busque para a sua vida o novo. Quando nos desapegamos do velho, abrimos espaço para conquistas.


É para melhor? Portanto, que seja bem-vindo.