segunda-feira, setembro 08, 2008

Pablo, o menino

Pablo é moleque. Já nasceu com aptidão pra zoador. Na escola, era o pior dos mundos; tocava o terror.

Pablo virou adolescente e, como todo bom adolescente, começou a experimentar. Prova daqui e dali, a coisa não deu muito certo e, Pablo, começou a piorar.

Jovem, dirigindo pelas ruas, sofreu um acidente. Viu a vida passar pela frente como um flash e agora sim, Pablo começou a pensar.

A vida mudou, Pablo cresceu. Com força de vontade, superou as dificuldades, começou a rezar. Daqui para frente, as coisas começaram a mudar.

Pablo virou herói. Fez faculdade, tirou boas notas, se formou. Só que Pablo nunca trabalhou. Sua profissão é ser cidadão do mundo; e a viajar começou.

Percorreu o Brasil, América do Sul, Europa. Experimentou de novo, mas agora do que o mundo oferece de melhor, novas culturas, novos sabores, novos amores.

Dinheiro nunca teve. Mas sempre teve no bolso um trocado capaz de fazer milagres. Há quem pensa que Pablo é rico; mas sua maior riqueza está na simplicidade.

E até aqui sua história é assim, um longa metragem inacabado, que será preenchido com outras aventuras. Porque Pablo é um pássaro, livre, sem vaidades.



Por Di Araujo, uma homenagem num dia especial

quinta-feira, setembro 04, 2008

Desatualização

Tento encontrar palavras, companheiras das noites solitárias, dos dias de frio, das tardes de mansidão. Mas elas me faltam agora.

Não sei o que estou sentindo, acho que esse é o problema. Sou poeta da alma, e a minha anda vagando por aí, sabe Deus lá aonde, não me permitindo sentir.

Assim, não escrevo; tranco-me numa rotina incessante de responsabilidades e deixo as palavras para outro dia. Ensaio uma frase, busco uma idéia, mas se esvaem na imensidão.

E passa o tempo.

E caio na desatualização.

Desculpem-me, leitores.